sábado, 20 de agosto de 2011

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)

Como Evitar a Rotatividade de Funcionários - Parte 7
Por Flávio Fausto

Nos dias atuais, os funcionários tem exigido Qualidade de Vida onde trabalham e proporcionando-a as empresas os manterão por um período maior. Segundo Idalberto Chiavenato, as consequências da falta dela são:

“Se a qualidade (QVT) for pobre, conduzirá à alienação do empregado e à insatisfação, à má vontade, ao declínio da produtividade, a comportamentos contraproducentes (como absenteísmo, rotatividade, roubo, sabotagem, militância sindical, etc). Se a qualidade for boa, conduzirá a um clima de confiança e respeito mútuo, no qual o indivíduo tenderá a aumentar suas contribuições e a elevar suas oportunidades de êxito psicológico e a administração tenderá a reduzir mecanismos de controle social”.

A QVT também está ligada aos itens que foram citados nas postagens anteriores (Remuneração, Tarefas do Cargo, Possibilidades de Carreira, Tipo de Supervisão, Clima Organizacional, etc), mas há outros 5 Fatores que são Fundamentais:

1 - Horário de Trabalho: os que trabalham em turnos rotativos (sem dia ou horário fixo) e em dias ou jornadas excepcionais (domingo, feriados, de madrugada, etc) estarão propensos a procurar outro trabalho por dificultar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

2 - Segurança: se o empregado sente-se inseguro por temer um desligamento repentino e imprevisível, então isso interferirá no seu bem-estar mental.

3 - Condições de Trabalho: são os recursos físicos (equipamentos, ergonomia, materiais, ambiente, instalações, etc), as condições psicológicas (estresse, respeito, relações interpessoais e outras) concedidas pela organização e que a cada dia são mais importantes para a manutenção da motivação dos funcionários.

4 - Centralização: falta de autonomia e envolvimento nas questões organizacionais gera insatisfação, descompromisso e pouco tempo de permanência dos colaboradores na empresa.

5 - Comunicação: a falta de informação sobre a própria empresa e as tarefas que realiza, dificulta um relacionamento de qualidade e transparente com os empregados.

As organizações que atentarem-se para os fatores citados verão seus índices de rotatividade de pessoal reduzirem, como demonstra a Caterpillar, considerada pela Revista Você/SA / Exame no ano de 2010 a terceira melhor empresa para se trabalhar:

O próprio presidente da Caterpillar, Luís Carlos Calil, começou há mais de 40 anos como office-boy, estimulado por seu pai, empregado na época. “Quem entra aqui não sai mais”, diz um funcionário. Prova disso é o tempo médio de casa, que é de 9,5 anos. Se for descontado o grande número de contratações feitas em 2007 e 2008, a média passa a 18 anos.

Uma das causas do grande poder de retenção da empresa é o clima interno. Como boa parte dos gestores foi formada dentro de casa, o relacionamento entre chefe e subordinado é bem próximo. Isso ocorre em todos os níveis hierárquicos, mesmo no operacional.
 
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Fontes:

Chiavenato, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8 ed. 4. Reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.

Silva, Glenio Luiz da Rosa e. Controle do turnover: como prevenir e demitir com responsabilidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.

REVISTA VOCÊ S/A / EXAME. AS MELHORES EMPRESAS PARA VOCÊ TRABALHAR; EDITORA ABRIL, 2010. Mensal. Edição Especial de Setembro/2010.

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