sábado, 10 de setembro de 2011

O Modelo Contingencial de Motivação de Vroom

Teorias que explicam a Origem do Turnover - Parte 3


Por Flávio Fausto

A Teoria de Vroom limita-se à análise da motivação para produzir, ignora que haja elementos predefinidos para estimular as pessoas e respeita as diferenças pessoais, pois evidências mostram que indivíduos se comportam de modo diferente de acordo com o momento e a situação.

Segundo Vroom, existem três fatores que determinam a motivação para produzir das pessoas:

1. Objetivos Pessoais do Indivíduo: é a força ou desejo da pessoa de conquistar, por exemplo: dinheiro, reconhecimento, crescimento profissional, status, segurança no cargo e aceitação social.

2. Relação Percebida entre Satisfação dos Objetivos e Alta Produtividade: se o colaborador deseja um salário maior e percebe que ao aumentar sua produtividade conseguirá alcançar o seu objetivo, então a tendência é que produza mais e mais. Mas se o seu objetivo é ser aceito pelo grupo e nota que ao produzir mais, será recriminado pelos colegas, então trabalhará menos para não ultrapassar o padrão de produção informal.

3. Percepção de sua Capacidade de Influenciar sua Produtividade: quando o funcionário percebe que obterá pouco resultado de sua tarefa, ainda que multiplique seu esforço, tenderá a manter sua produtividade. Isso acontece, se o empregado não tem condições adequadas de trabalho, não teve o treinamento necessário e se lida numa linha de montagem de velocidade fixa, por exemplo.


Para Vroom, o indivíduo analisa se a consequência de produzir mais contribuirá para alcançar seus anseios. Caso, a alta produtividade coopere para o seu objetivo, a tendência é que produza mais, porém se o aumento da produtividade em nada influir, a consequência será mantê-la.

Enfim, as empresas que almejam obter ou manter o controle da rotatividade de pessoal, precisam identificar os objetivos dos seus colaboradores e traçar políticas de RH que estejam alinhadas com as expectativas dos empregados. Exemplo, se almejam crescimento profissional e a política de RH premia os colaboradores apenas com viagens, então a tendência é que fiquem desmotivados e busquem outra organização que possibilite a ascensão na carreira.
 
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Fontes:
 
Chiavenato, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8 ed. 4. Reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.

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